ACESSIBILIDADE DA HABITAÇÃO
Desafio: A habitação como um direito universal
A habitação adequada é reconhecida como parte do direito a um nível de vida adequado e a acessibilidade é uma condição que deve ser satisfeita antes que uma forma específica de abrigo seja considerada “adequada”. Cerca de 90% das cidades em todo o mundo não oferecem habitação acessível ou de qualidade adequada, com os custos de habitação e localização a assumirem-se como fatores de bloqueio do acesso a outros direitos humanos fundamentais.
O contexto inflacionário, o aumento das taxas de juro e as circunstâncias específicas do mercado habitacional português determinam uma crise habitacional que bloqueia o acesso à habitação a um número crescente de pessoas que vivem nos centros urbanos, o que coloca uma pressão social crescente sobre o governo e os agentes envolvidos no desenvolvimento habitacional para encontrar soluções que reduzam os preços da habitação.
Neste quadro, assumimos a acessibilidade e a redução do custo da habitação como desafio central da MOME, com o qual procuramos impactar o ESG 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis.
Linhas de Ação:
Para este objetivo contribui diretamente a natureza do próprio negócio da MOME, na medida em que sendo as cooperativas entidades sem fins lucrativos, o preço de venda das habitações construídas em modelo cooperativo é equivalente ao preço de custo, sem margem de lucro do promotor, o que à partida representa um preço de venda 15% a 20% inferior ao praticado pela promoção imobiliária tradicional.
Materializamos o esforço de redução do custo da habitação através da adoção de metodologias colaborativas de planeamento e gestão de projeto, designadamente através de modelos de contratação Early Contractor Involvement (ECI), em que a cooperativa, projetistas e empreiteiros colaboram desde a fase inicial do desenvolvimento de projetos e se comprometem com standards de qualidade de construção e eficiência energética e com um custo de construção definido à partida. Procura-se deste que as partes envolvidas no desenvolvimento e gestão de projetos se comprometam com objetivos partilhados e estabeleçam relações de confiança e colaboração capazes de mitigar a perceção de risco dos parceiros envolvidos e ineficiências operacionais com impacto no custo de construção das habitações.
Neste âmbito, adotamos ferramentas digitais e sistemas de informação colaborativos para reduzir o custo da habitação através a mitigação de ineficiências nas fases de planeamento e gestão de projetos e para a mitigação dos riscos associados a desvios na qualidade, preço e prazos de execução dos projetos